Quer Deus ? ou As coisas do mundo?


















 


















Quais são as coisas que quase todo mundo quer? Um bom emprego, um cônjuge bonito e inteligente, filhos perfeitos, uma casa bacana pra morar, um automóvel confortável, viajar de férias, amigos interessantes etc.
A lista é interminável. 
Durante nossa curta existência, canalizamos boa parte das nossas energias para obter essas coisas, e não há nada de errado nisso.

Desde cedo aprendemos que para conseguirmos conquistar tudo isso é preciso uma boa formação. 
Então, investimos nos estudos. Mas estudo não é tudo: uma boa aparência também ajuda. Então, tome malhação, escovinha, limpeza de pele e outros tratamentos sem fim. 
Porém, se não tivermos saúde, de nada adianta dinheiro e beleza. Então, vamos às dietas, exames de rotina, mais malhação... É assim que somos. 
Calculamos tudo direitinho, pra que nada estrague nosso projeto de vida perfeita.
Porém, por mais que tentemos nos cercar dos cuidados necessários, existe um fantasma que sempre nos assombra, chamado "acaso". 
Mesmo que você faça tudo certo, não há como impedir que um motorista embriagado, dirigindo na contra-mão, ou um terremoto, ou uma enchente, ou uma crise econômica estraguem a sua vida. Acidentes acontecem. 
Desde as eras remotas, procuraram uma maneira de controlar o acaso. 
Afinal, eles não poderiam dormir tranquilos sem saber que fizeram todo o possível para evitá-lo. 
E qual foi o mecanismo criado pela humanidade para evitar os azares da vida?
Simples: bajular os deuses, aplacando-lhes a ira. 
Desde as culturas mais primitivas, a estratégia de aplacar a ira dos deuses vem sendo empregada. 
Aos deuses são oferecidos sacrifícios, orações e tudo o mais que for necessário para que eles não enviem os terríveis imprevistos contra os homens.
As pessoas parecem pensar assim. "Vejamos, se já temos tudo o que precisamos. Estudo? Confere. Boa aparência? Confere. Saúde? Confere. Religião? Confere.
Deuses contentes? Confere. Ufa, que maravilha! Agora podemos viver tranquilos..."

Se você pensa que isso só acontecia na antiguidade, está enganado pois acontece hoje, numa intensidade ainda maior. 
Com o avanço da ciência, os homens conseguem explicar quase tudo.
Isso ampliou a sua ambição de controlar todas as "variáveis da felicidade". 
De qualquer modo, os imprevistos ainda existem e o acaso ainda é temido.
Então, embora a maioria das pessoas gaste sua vida correndo atrás da "cesta da felicidade" sem se preocupar muito com Deus, em certas ocasiões, por via das dúvidas, tratam de bajular Deus, de modo a evitar qualquer imprevisto.

Já reparou que a maioria das pessoas enche a boca para afirmar que acredita na existência de Deus, embora isso não faça a menor diferença em suas vidas? É como se estivessem fazendo um imenso favor a Deus, pelo simples fato de declararem a sua crença na existência dEle.
Na verdade, estão tentando bajular Deus, por via das dúvidas, para evitar que Ele os castigue pela incredulidade. Pensam que negar a Sua existência pode ser de mau agouro.

Experimente colocar um balcão no meio da rua com uma placa: 
"Orações grátis". Sem dúvida, logo haverá uma fila de pessoas, que não sabem nada sobre Deus, esperando receber oração. Provavelmente, eles nem vão se preocupar se você é espírita, católico, evangélico ou de qualquer outra religião. Falou de receber oração, todo mundo se candidata. 
Acho que o raciocínio é mais ou menos este: "De graça, até injeção na testa. Na dúvida, é melhor pedir a bênção dos deuses, para evitar qualquer desgraça. A minha parte eu vou fazer...".

Então, é isso. O ser humano, desde Adão, deseja estar no controle da situação. O que ele realmente deseja é ser como Deus.

Porém, o Senhor Jesus Cristo, como de costume, nos ensina algo radicalmente diferente.

O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo.
O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas.
Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. (Mateus 13:44-46)

Ora, de que adiante vender tudo para ter uma pérola de grande valor? O comprador vai comer a pérola? Vai morar na pérola? Vai se vestir com a pérola? Isso não parece fazer sentido, não é mesmo?
Na verdade, ao decidir possuir a pérola preciosa, o comprador acabou-se tornando possuído por ela. Tudo o que ele tem é a pérola; e a pérola o tem por inteiro.

O que Jesus nos ensina, nessas parábolas, é que Deus não é mais um item da "cesta da felicidade" humana.
Ele é o maior de todos os tesouros; a mais preciosa das pérolas. 
Para tê-lo em sua vida, você precisa abrir mão de tudo o mais que você considera valioso: suas vontades, seu ego, suas opiniões, seus amores, seus ideais, seus sonhos. 
Não dá pra ter Deus e continuar tendo todo o resto. Ou você tem só a Deus e mais nada, ou tem todo o resto menos Deus. Ou Ele se torna o Seu Deus, ou você continua sendo o seu próprio deus.

A boa notícia é que Deus é a fonte inesgotável e perene de todas bênçãos de que o homem precisa: paz, alegria, amor, consolação, esperança, proteção etc. Isso é muito mais do que todos os demais tesouros que você possa colecionar em sua breve caminhada humana.
Vale a pena se desfazer de você mesmo para ter Deus reinando em sua vida, vivendo em você. 
Como disse Santo Agostinho: "Criaste-nos para Ti, e o nosso coração vive inquieto até repousar em Ti."

Muitos de nós continuamos apegados a nossos velhos tesouros, esperando que Deus seja mais um entre eles. 
Esperança vã.
Deus é acessível! Qualquer um pode encontrar esse Tesouro: basta buscá-lo de todo o coração.
Oh, Senhor, abra-nos os olhos para que vejamos!

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